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Mostrando postagens de maio, 2023

O ACORDO

  Os 8 anos que dei aulas na Universidade Braz Cubas (UBC) formam mágicos.  Adorava dar aulas lá.  Entretanto, trouxe um alto preço para minha saúde.  Em 2001, comecei a ter crises de labirintite tão fortes que já não conseguia mais viajar de ônibus até Mogi das Cruzes. Paralelamente, no ano anterior, houve uma mudança na direção da universidade.  Os cursos ligados à área de computação que tinham como coordenador o Professor Pio Torre (já falecido) se propunham a ter excelência pagando bem para professores com doutorado.  Para tanto, pagavam um salário diferenciado.  A nova direção da UBC resolveu mudar isso e passou a pagar a menos nosso salário.   Assim que isso começou, eu fiz uma comunicação formal à coordenação avisando que meu salário estava sendo pago a menor.  Como não tivesse havido nenhuma mudança, fui fazendo comunicações para instâncias superiores e colhendo respostas (quando havia).  Foi um tempo difícil e tenso que durou mais de um ano.  Eu sabia que precisava percorrer t

DESERTOR

  O curso que fiz na França em 1991, além do problema de pagamento descrito na postagem PASSANDO VERGONHA, e de ter vivido o período da guerra no Iraque (vide post O SHAMPOO) o retorno ao Brasil me trouxe uma surpresa amarga. O curso teve a duração de 6 semanas e começou (na França) antes que tivesse terminado o período de férias coletivas no IAE.  Assim, quando se aproximou a data de retorno eu liguei para a secretária da minha divisão informando que só compareceria ao trabalho na semana seguinte ao meu retorno por 2 motivos:  ainda tinha uma semana de férias e precisava de tempo para cuidar de assuntos particulares.  Afinal, estava fora de casa faria 40 dias.  Ela entendeu perfeitamente e disse que estava tudo certo (só que não). Quando retornei ao instituto na data combinada, fiquei sabendo que havia sido aberto um processo disciplinar contra mim por não ter retornado ao pais conforme a portaria que havia me designado para o curso.  Era como se estivessem me considerando um desertor

GATA

  Quando o governo Sarney terminou, foi formalizado um reajuste em diversas gratificações.  A nossa se chama GATA - gratificação por atividades técnico-administrativas.  Ou seja, nós ganhávamos uma gratificação para realizar as funções que já eram nossa obrigação. Naquela época (início dos anos 90) cada instituição decidia sobre os valores de suas tabelas de pagamento.  Acontece que o responsável pelo pagamento da GATA entendeu que nós não deveríamos receber o valor total do reajuste (não tenho a mínima ideia do porquê) e, em função disso, o CTA passou a pagar um valor menor do que deveria. Houve muitas reclamações sobre esse assunto que se arrastaram anos.  Outras organizações congêneres entenderam diferente e pagavam o valor total previsto na lei que formalizou o reajuste.  Até que em 1995, o valor atrasado foi pago todo de uma vez. (vide post a profetisa).  Era muito dinheiro.  Acho que seria em torno de 10 mil dólares hoje. Ao final daquele ano, recebemos uma nota da direção (entre