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Mostrando postagens de fevereiro, 2024

O COITADO

  A implementação das compras do Projeto SIA era muito eficiente.   Fazíamos um pedido através do “ site ” da FUNDEP, eles faziam as compras que eram entregues diretamente a mim.   Esse “diretamente” significava que a empresa transportadora ia até a portaria do IAE e, de lá ligavam para mim e então alguém ia buscar.   Após isso, eu autorizava o pagamento pela FUNDEP. Em um certo momento, compramos uma parafusadeira elétrica portátil para nossas montagens.   A FUNDEP entrou em contato comigo que a empresa fornecedora estava cobrando o pagamento da mesma, embora eu não houvesse ainda recebido o equipamento. Liguei para a empresa e fui informado da data e hora da entrega.   Também fiquei sabendo que havia sido entregue em um almoxarifado dentro do CTA.   Então fui atrás de onde havia sido recebido a tal parafusadeira.   Havia 3 possíveis lugares, o mais provável era o almoxarifado do ITA que ficava mais perto da portaria do CTA. Telefonei para o local e falei com seu responsável o f

SUCATA

  Quando a reforma do prédio das salas começou, a primeira providência foi retirar todo o material que não seria mais utilizado ou que seria recolocado posteriormente.   Isso incluía uma grande quantidade de cabos de rede (aqueles cabos azuis que ainda são utilizados atualmente).   Essa cablagem estava distribuída ao longo do prédio, em diversos pontos, em todas as salas.   A quantidade total retirada chegava facilmente a centenas de metros de cabos. Esses cabos foram amontoados em uma sala antes de serem removidos.   O volume total deveria dar mais de 2 metros cúbicos de um emaranhado de cabos azuis.   Antes das obras começarem, esses cabos foram encaminhados para o setor de informática do instituto. Já naquela época, desconfiado com o desaparecimento das minhas placas de alumínio (vide post as plaquinhas), passei a andar com uma câmera digital nas mãos (não havia smart phone na época).   Passou a ser minha companheira obrigatória em todo lugar que eu ia.   Quando vi aquela pilha

AS PLAQUINHAS

Algum tempo antes de assumir a gerência do projeto SIA, eu havia recebido a “herança” de um projeto que tinha o objetivo de fazer uma plataforma inercial com girômetros mecânicos.   Esse projeto estava em outro instituto, levado para lá por um ex-diretor.   Pretendia-se, primeiramente, desenvolver o sensor (girômetro DTG dry tuned gyro) para então fazer a plataforma completa.   Esse erro de estratégia era recorrente e nunca se chegava a lugar algum. Quando um novo diretor assumiu resolveu transferir o projeto para o lugar certo e minha subdivisão recebeu todo o material que havia sido comprado para aquele projeto.   Havia, literalmente, centenas de milhares de dólares em equipamentos e material de consumo (material altamente especializado e caro).   Para minha surpresa aquele material visava a produção de cerca de 100 unidades da tal plataforma para a qual nem existia em projeto.   Como eu não pretendia me envolver com nenhum desenvolvimento daquele tipo de sensor, procurei doar to