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Mostrando postagens de outubro, 2022

COLA – assédio emocional

A turma posterior àquela que mencionei no post anterior, era muito dada à cola.  Durante a primeira prova, haviam tantos alunos colando simultaneamente que era impossível fiscalizar e repreender a todos. Na prova seguinte inventei uma estratégia.  Fiz 4 provas A, B, C e D.  Todas eram idênticas no enunciado e no diagrama de blocos, mas os números eram diferentes para cada uma delas.  Assim, qualquer um que copiasse o resultado do colega, seria exposto como cola.  No dia da prova, esperei que todos os alunos se sentassem e distribuí as provas de tal forma que ninguém teria ao seu lado ou atrás uma prova idêntica.  Para relacionar a prova com a solução, a primeira coisa foi colocar a versão da prova junto com o nome do aluno.  Por incrível que pareça, muitos alunos não entenderam o que estava acontecendo.  Eu tive que explicar claramente.  Embora as perguntas fossem as mesmas, as respostas seriam diferentes, já que os números de cada prova eram díspares.  Mesmo assim, na hora da corr

COLA – o outro

Quando ministrava a matéria de sistemas de controle na Universidade Braz Cubas, aconteceu um fato curioso.   Durante a correção de uma prova, encontrei duas delas com respostas idênticas – um parágrafo inteiro – como se fossem transcrições.   Como não dava para saber quem havia colado de quem, dei zero nas duas provas. É perfeitamente normal que os alunos procurassem o professor para reclamar de alguma possível injustiça na correção.   Além disso, uma vez lançada a nota, havia um procedimento para que os alunos pedissem formalmente a revisão da prova.   Essa revisão seria feita por outro professor que não o da matéria em questão – bastante justo. No caso dessa prova, um dos alunos me procurou.   Afinal, tirar um zero o reprovaria na matéria.   Ele se colocou como o autor do tal parágrafo (que estava correto) e me disse que não sabia com o outro aluno poderia ter copiado o texto.   Eu expliquei para ele que não poderia fingir que não havia acontecido nada pois a cola estava muito ex

INDIGENTE

Em novembro de 1996 tive novamente a oportunidade de ir ao congresso de sistemas controle da Agência Espacial Europeia ESA, no mesmo lugar na Holanda (Noordwick).   Como já conhecia o lugar e também tinha estado várias vezes no frio da Rússia, achei que não precisaria me preocupar com o fato de que já estaria frio por lá. Levei um casaco importado de meia estação azul, muito bom por sinal, que julguei que daria conta do recado.   Nessa ocasião é que descobri a diferença entre o frio seco e o frio úmido (Holanda é cercada de água).   Passei muito frio, embora a temperatura estivesse positiva. O congresso transcorreu normalmente e meu voo para o Brasil sairia num sábado pela manhã.   Quando fui planejar minha ida para o aeroporto de Schiphol, descobri que o primeiro ônibus que partia para a estação de trem mais próxima não permitiria chegar a tempo para o voo.   O valor do taxi até o aeroporto sairia em torno de 100 dólares (uma fortuna para a época). Tive então uma “brilhante” ide