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Mostrando postagens de janeiro, 2023

O SANDUÍCHE

Até a implantação do euro em janeiro de 1999, viajar pela Europa era uma verdadeira torre de Babel monetária.   Em cada país que você estivesse, mesmo que fosse só no aeroporto, e precisasse gastar algum dinheiro, seria necessário procurar uma casa de câmbio e trocar dólar pela moeda do país.   Além da diferença entre valor de compra e venda, havia também uma taxa fixa cobrada pelas casas de câmbio, tanto para venda como para compra.   Em outras palavras, você estava sempre perdendo dinheiro, em cada país que estivesse. Como a diária naquela época era, se não me falha a memória, em torno de USD 140, que recebíamos em espécie (diferente do que aconteceu no post Viagem ao Exterior I).   Essas diferenças de câmbio acabavam por reduzir ainda mais nosso poder aquisitivo durante a viagem (que era baixo).   Lembrando que eu não tinha cartão de crédito internacional naquela época. Além do problema econômico, os voos transatlânticos de mais de 10hs tornam as viagens exaustivas.   Então, eu

A.R. Missão Secreta - a chegada

O avião tocou o solo em Guarulhos por volta das 6:00hs de sábado.  O alívio era grande, mesmo após uma noite mal dormida.  A próxima dificuldade a ser enfrentada seria a alfândega.  Entretanto, não foi necessário.  Ao sair do avião havia um oficial, que trabalhava conosco, nos esperando.  Ele nos disse que estava com uma viatura do CTA que iria transportar as plataformas e seus acessórios para São José dos Campos. De fato, nem vimos o desembarque do material.  Apenas pegamos nossa bagagem pessoal e passamos por todo processo de chegada sem nenhum problema.  Não tenho a mínima idéia do que teria sido combinado mas a viatura encostou ao lado do avião e pegou a carga.  Além da viatura de transporte, o diretor do IAE mandou seu próprio carro funcional para nos transportar para casa.  Uma honraria a essas alturas.   Tudo parecia um final feliz quando pegamos a rodovia Airton Senna (que na época se chamava Trabalhadores) até que próximo à entrada de Mogi das Cruzes, surgiu um nevoeiro intens

A.R. Missão Secreta - a volta

Depois de passar por 2 barreiras de controle dentro do aeroporto de Moscou (eram 5 ao todo), agora era a vez do check-in.  A questão ali era quanto eu teria que pagar pelo excesso de bagagem.  Que mágica eu iria fazer para que os 10mil USD fossem suficientes para pagar o excesso de bagagem embarcada ?  Tínhamos também algum dinheiro pessoal.   Eu havia ficado sabendo uma informação importantíssima.  O custo da bagagem extra de 40USD / Kg valia de Frankfurt para São Paulo.  No trajeto Moscou / Frankfurt era 20USD / Kg.  Ou seja, o custo total do excesso de bagagem deveria ter um valor proporcional à distância percorrida para cada tarifa.  Isso faria uma boa diferença para menos. Fui atendido no guichê por uma russa que falava um inglês razoável mas, pelo jeito, não sabia fazer conta.  Descontado o peso que a primeira classe dava direito ainda sobrava quase 400 Kg.  Se fosse pagar a tarifa cheia de 40USD / Kg nós não teríamos como pagar.  Na ponderação, entretanto, pelas minhas contas da