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Mostrando postagens de junho, 2023

GOTA D’ÁGUA

  Nas postagens Campeonato Imaginário  e Convicção Versus Conveniência , eu relato minha insatisfação com o trabalho no IPD que me fizeram deixar o instituto.  Enquanto trabalhávamos no forte São João (Urca) era bem mas tranquilo do que viajar mais de uma hora até Barra de Guaratiba onde situa-se o atual CTEx.  Assim, aliado ao baixíssimo salário e a enorme distância a ser percorrida (que encurtava o expediente e portanto a capacidade de trabalho), o próprio projeto ATTMM estava estagnado.   Isso gerava, obviamente, uma enorme insatisfação.  Entretanto, houve um episódio que marcou minha decisão de deixar o IPD.  Era uma segunda-feira e havíamos acabado de chegar no prédio do GUIACON.  Eu era responsável pelo laboratório onde ficava um computador analógico EAI-2000.  Como estávamos perto do mar, era necessário que se mantivesse ligado um equipamento desumidificador permanentemente para garantir que o EAI-2000 não se deteriorasse.   Esse equipamento desumidificador tinha um recipiente (

O LIVRO

Conforme mencionei no post “Aventuras Russas - Encontro nada secreto”, em 1994, fiz contato e amizade com professores do Moscow Aviation Institute - MAI.  Em seguida, consegui verba da FAPESP para trazer 4 deles ao Brasil, para ministrar cursos no ITA e no INPE. Durante esse período, o IAE firmou um contrato com o MAI para o desenvolvimento de um software de simulação que utilizava as técnicas desenvolvidas por eles.  Isso permitiu que eu tivesse um contato próximo a esses professores para compartilhar o que sabíamos e, principalmente, aprender o que eles sabiam. Desse relacionamento nasceu a ideia de escrevermos um livro juntos.  O conteúdo do livro seria baseado nos cursos que haviam dado somado à nossa experiência, bem como do curso que eu já ministrava na época. Foi um trabalho exaustivo de muitos meses.  A preparação do livro exigiu não apenas a elaboração do conteúdo mas também montar o layout das páginas além da revisão do inglês - que era horrível (ficou apenas ruim). Em 1996,

O INCENTIVO

  Como já venho contando, a década de 90, devido aos salários muito baixos, foi muito difícil para aqueles que queriam continuar trabalhando no IAE.  Digo aqueles que queriam porque muitos não quiseram e saíram do instituto.   Num certo momento recebi uma circular (um papel impresso com orientações institucionais) emitida pelo vice-diretor o Coronel Cretácio (nome fictício).  Esse documento dizia, de forma resumida, o seguinte:  Incentivamos os pesquisadores que puderem buscar financiamento das agências de fomento, que o façam! Não havia nenhuma surpresa nisso.  Eu mesmo já havia solicitado financiamentos FAPESP e CNPq (vide post Notebook) e continuei solicitando independente daquele incentivo .  Entretanto, achei um tanto estranho a tal circular. É importante que se esclareça que nenhum financiamento poderia ser solicitado sem a chancela da instituição. Ou seja, o documento que solicitava o auxílio (seja ele o que fosse) teria que ter a assinatura do responsável institucional.  Em out