ÚLTIMA VERSÃO
Em 1980, enquanto fazia as cadeiras do mestrado no IME, era comum encontrar professores e alunos portando debaixo do braço caixas com cartões perfurados – era assim que se fazia programação em computador naquela época. Era um tipo de status intelectual portar uma caixa daquelas, mesmo que os cartões estivessem em branco. Mais problemático do que carregar as caixas de cartões era organizar os resultados advindos dos programas. Vinham todos em forma de uma grande pilha de papel contínuo (normalmente de 132 colunas) com praticamente 40cm de largura por 28cm de altura. Cada rodada do programa, produzia uma pilha dessas, que costumávamos chamar de “listagem”. Portanto, era comum ver em cima das mesas essas pilhas de “listagens”. Num certo dia, ao visitar a sala de um colega de mestrado, vi a tal pilha em cima de sua mesa e uma coisa me chamou a atenção. Ele havia escrito, com caneta, em letras grandes, na listagem que estava por cima: última vers...