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Mostrando postagens de julho, 2024

EXPLOSÃO

  Em fevereiro de 2009, logo após o almoço, estávamos nos preparando para uma reunião com a equipe em nossa sala de reuniões.   A sala, como parte do prédio que havia sido recém “inaugurado” antecipadamente (vide postagem BESOURO) era novinha e bem adaptada.   Nos sentamos em torno da mesa para começarmos os trabalhos quando fomos interrompidos por um barulho.   Um estampido seco e muito forte, semelhante ao bater de uma porta.   Não deu tempo de perguntar o que tinha sido aquilo, quando a onda de choque atingiu o prédio.   Sendo o prédio térreo e sem laje (possuía forro termoacústico) tremeu por inteiro.   Chegou mesmo a cair poeira, advinda do forro, sobre nós.   Me levantei correndo e fui até a janela de uma sala que ficava em frente à sala de reuniões e olhei para a direção de onde eu julgava ter vindo o som.   Vi uma coluna de nuvem cinza chumbo que subia já a uns 50 metros de altura.   Claramente, havia acontecido uma explosão . ...

FAÇA O QUE EU DIGO

Muito embora o projeto VLS estivesse muito bem estruturado em termos de documentação, de vez em quando surgiam críticas pela falta de documentação do mesmo (vide postagem DENÚNCIA).   Num certo momento do início da década de 90, mais uma vez chegou ao comando uma reclamação de que o VLS não estava sendo documentado.   Na verdade, havia uma dificuldade de se conseguir que os engenheiros que estavam se dedicando, com afinco, ao desenvolvimento de uma tecnologia tão especial parassem o que estavam fazendo para escrever relatórios.   Precisávamos sim de gente dedicada somente a esse mister, mas não tínhamos. Foi quando chamaram um “especialista” na área chamado Pazalix (nome fictício), advindo de um setor administrativo do CTA.   Pazalix trazia consigo a reputação de ser um entendido em gerenciamento de projetos.   Na verdade, posteriormente, ele publicou um livro na área.   Fiquei conhecendo-o já na primeira reunião.   Ele foi bastante assertivo ao no...

AMA SECA

Durante a ausência de Carabino, apareceu outro candidato ao cargo de operador da bobinadeira.   Vou chama-lo de Cretinílson.   Ele era funcionário de outro instituto e trabalhava em um setor de máquinas de usinagem automática.   Cretinílson me procurou dizendo que gostaria de se transferir, de onde já trabalhava fazia alguns anos, pois não era levado a sério e não via perspectivas em seu futuro lá.   Como eu conhecia sua chefe liguei para ela para saber quem era Cretinílson e qual seria o verdadeiro motivo de seu desejo de se transferir de lá.   Ela me disse, basicamente, o mesmo que ele me havia contado: que estava sem muitas perspectivas de trabalho ali e que era um bom sujeito. Cretinílson realmente parecia um bom sujeito e, além do fato de que tinha uma expertise adequada à necessidade do projeto, ele morava dentro do campus do CTA.   Isso era uma novidade muito positiva pois, em tese, permitiria uma boa dedicação ao trabalho.   Assim o aceitei n...