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Mostrando postagens de agosto, 2024

EMBUSTE

  Até o início da década de 90, nossa tabela salarial era estabelecida pelo próprio CTA, assim como em todas as organizações semelhantes.   Em um determinado momento, o governo federal definiu um reajuste de uma certa gratificação para seu funcionalismo.   Acontece que o responsável por implementar esse reajuste não o fez segundo os percentuais devidos.   Isso gerou a grande confusão descrita na postagem GATA.   Mas o que não foi descrito é o que aconteceu pouco depois do não recebimento da gratificação correta.   Um grupo de funcionários do IAE (eu inclusive) fez uma solicitação formal, através de parte individual, para que o CTA implementasse corretamente a correção da gratificação.   Na semana seguinte, veio a resposta, também de maneira formal, assinada pelo assessor jurídico da organização.   Dizia o seguinte: solicitação negada baseada no parecer jurídico XYZ da procuradoria da fazenda. Isso, para mim, não tinha muito significado, já que...

O FURO

  Uma das primeiras realizações importantes do Projeto SIA foi testar, em voo de um foguete, um sensor desenvolvido com o apoio do projeto.   Para isso, tínhamos que preparar todo o experimento que iria a bordo.   Dentre os diversos itens que compunham esse experimento estava a bateria que garantiria a energia elétrica necessária ao ensaio durante todo o tempo de voo. Esse item, na verdade, se compõe de um conjunto de 24 células parecidas com as pilhas comuns.   Seriam intermediárias entre a pilha A (aquela antiga mais gordinha) e a AA (mais comuns nos equipamentos de som).   Esse conjunto de células deveriam estar montadas em uma estrutura rígida para resistir ao ambiente de aceleração e vibração do foguete. Escolhemos fazê-lo em uma peça de alumínio maciço que teria a forma toroidal (parecida com uma rosca doce), com diâmetro externo de 30cm e altura de 10 cm.   Era, portanto, uma peça cara.   Para portar as 24 células seria preciso fazer 24 furo...

DE VOLTA PARA O FUTURO

  Como gerente do Projeto SIA eu deveria prestar satisfações ao setor do DCTA que fazia o acompanhamento dos projetos institucionais.   Isso era feito trimestralmente através de um documento chamado FAP – folha de acompanhamento de projeto.   De fato, era um documento bem simples e assertivo.   Constava os objetivos do projeto naquele período (previamente estipulados quando da proposta do projeto) e qual o percentual de execução havia sido alcançado.   Também havia oportunidade de descrever os óbices, as dificuldades encontradas para a não realização de algum tipo de atividade. Me parecia bastante razoável esse tipo de acompanhamento.   Afinal, além das FAPs, nada impedia que os responsáveis pelo setor viessem visitar nossas instalações e ver com seus próprios olhos o progresso ou não de determinado projeto.   Também poderiam, a qualquer hora, solicitar uma apresentação mais detalhada das atividades.   Entretanto, não sei dizer o porquê, havia...