PORRADA – parte II
Passei aquele fim de semana tentando entender o porquê da fúria de Gervásio contra mim. Eu não havia mandado a parte contra ele e nem mencionado o seu nome nela. O único vínculo existente era que que Writer, o motivo da parte, era seu funcionário e eu não sabia. Ainda assim, isso não justificava tanta agressividade e ameaça. Na segunda-feira seguinte ao episódio, logo após o almoço, conforme Temístocles havia me assegurado, Gervásio apareceu na minha sala. Eu não o conhecia pessoalmente, por isso, demorei alguns segundos para ter certeza de quem era. Ele entrou cabisbaixo, com um semblante sombrio e olhou em direção à minha mesa de trabalho. Em seguida, disse que haviam lhe dito que eu gravara a conversa que tivemos. Então, entendi porque ele olhava para minha mesa. Havia um grande gravador ao lado do telefone, onde eu escutava minhas fitas cassete. Sempre estudei ou trabalhei ouvindo música. A presença do gravador tinha essa finalid...